Um papo com os amigos

Em primeiro lugar queria agradecer aqui a visita dos novos leitores do blog, são todos muito benvindos, ok?

Segundo, que ando pensando em ir ao Brasil novamente, visitar minha família. Voltei de lá há pouco tempo, eu sei, mas é uma maneira de me reabastecer novamente. Gosto daqui, já disse isso muitas vezes, mas a sensação de terreno conhecido, de pés no chão, só mesmo lá no meu lugar, no meu Rio de Janeiro. Sinto falta disso. Acho que é mais que isso...

Com a chegada da primavera (meio esquisitinha ainda, céu nublado e frio) tem surgido também muita oportunidade de emprego, mas eu ando meio cansada do narizinho arrebitado de alguns americanos nas agencias de emprego, em algumas empresas, etc. Que me desculpem meu marido e demais americanos, mas alguns são assim mesmo. Cold as ice! Não sei se é porque vivemos em um lugar onde não há muitos estrangeiros, ou se eles já não aguentam mesmo nosso sotaque ou sei lá o que, mas parecem entediados só de nos atenderem. Digo tudo no plural porque já ouvi gente aqui (estrangeiros, claro) reclamando pelo mesmo motivo. Aliás, Alexandra mesmo, minha nova amiguinha aqui, sabe disso porque estávamos juntas quando fomos à uma agência de empregos recentemente. Eu fico na minha no momento, mas também não fico calada se falam alguma coisa desagradável ou se levam tempo demais para me atender. Geralmente reclamo porque acho isso um tanto absurdo. Vocês podem pensar "ah, mas isso acontece em toda parte". É verdade, mas compartilho aqui minha história, minha experiência.

Ontem eu estive em uma agencia para fazer apenas um teste de digitação. A atendente não me explicou direito como usar o software e isso me fez levar um bom tempo tentando adivinhar. Cansei e perguntei onde estava o step que me levaria o teste. Aí ela resolveu revelar que eu não deveria seguir a regra (que ela pediu para eu ler, estava na mesa) na íntegra. Enfim, explicou muito rapidamente e com certa má vontade (vista no rosto dela meio contrariado) como chegar ao teste, e saiu sem perguntar se eu havia entendido. Ok. São coisas que não posso evitar de encontrar pelo caminho, mas também não preciso aceitar tudo como se fosse ok, normal. Vou voltar lá para levar alguns documentos e vou contar que a atendente não foi muito legal comigo. Acho que isso pode ajudar a evitar que outras pessoas passem pela mesma situação. Desculpas aos que discordam, eu me acho super tolerante com muita coisa, mas acho que em trabalho principalmente a gente tem que ter ética de conduta, ainda que muitas vezes a gente esteja cansado, que se tenha preconceito com estrangeiro, que se tenha dor nas costas, que esteja com fome, etc, ninguém tem culpa de nada disso. Sem falar que eles ganham salário para fazer o trabalho deles.

Ah, se as pessoas aprendessem a tratar o outro como gostariam de ser tratados, como este mundo seria melhor. Somos diferentes sim mas, e daí? Eu entendo que nem sempre é fácil, porque existem várias razões para cada um se sentir meio chateado ou esquisito de vez em quando mas, puxa vida, vamos tentar um pouquinho, né? Um sorriso é uma coisa tão legal, que faz tão bem, que faz tanta diferença. Vou confessar uma coisa. Quando criança, eu costumava me esconder dentro do armário quando estava chateada e com raiva do mundo. Esperava passar para sair. Ainda bem que não durava muito *risos*! Com o passar dos anos ainda tenho a tendência a não contaminar ninguém com meu raro mau humor quando acontece. Procuro evitar. Ah, não custa nada fazer a nossa parte, concordam?

Assim termino meu post de hoje, vamos pensar um pouco sobre isso.

"Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida."

Séneca (pensador estóico)

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