Sobre o dia dos namorados

Ontem foi o dia dos namorados por aqui e, embora eu já tenha acostumado com esta data, ainda gosto muito do 12 de Junho lá do Brasil também. Coisas importantes aconteceram comigo nesta data brasileira, ao longo dos anos.

Comecei a pensar em garotos e prestar mais atenção neles um pouco tarde, comparando com as meninas dos dias de hoje. Acho que eu já deveria ter uns 14 anos. Antes disso eu ocupava mais a vida com uns livros bem bacanas que minha mãe comprava (uma série) e também uma coisa que eu adorava fazer...desenhar coleções de roupas! É.... eu gostava muito de desenhar e tinha umas modelos desenhadas por mim mesma. Fazia coleções de acordo com as estações. Primavera-verão, outono-inverno e por aí vai. Nem sei dizer ao certo quando este interesse deixou de ser atrativo e comecei a olhar mais para os meninos. Posso dizer exatamente de quantos e quais eu gostei. Poucos! Enfim, lá pelos 16 ainda não tinha nenhum menino interessado em mim e comecei a ficar um pouco decepcionada por não ganhar nada no dia dos namorados. Algumas amigas ganhavam presentinhos dos interessados nelas. Decidi fazer alguma coisa. Comprava o jornal no dia 12 de junho e via os anúncios. Sempre tinha alguém dedicando alguma coisa para alguma outra Debora. Daí eu recortava e assumia que eram pra mim. Um absurdo mas... Não ficava tão frustrada. Que coisa! ;-)

Daí fiz 17 anos e apareceu o primeiro interessado. David era o nome dele. Estava sempre me convidando para ir ao McDonald's tomar sorvete. Ele morava na João Lira no Leblon. Íamos a praia por lá. Minhas amigas gostavam dele, porque era muito alto e nos salvava nas ondas mais altas. Eu gostava dele como amigo, mas saía com ele, era boa companhia. Foi bom sair num dia dos namorados com ele, ao menos foi marcante. Nunca de fato namoramos. Ele foi morar na Suécia quando estava quase com 18 anos e assim perdi meu quase primeiro namorado. Nunca perdi contato com a irmã dele e sempre soube do David. Atualmente eu e David somos amigos no Facebook, ele mora na Califórnia e tem 3 meninas lindas. David foi bem marcante porque foi o primeiro menino que gostou de mim.

Vieram outros dias dos namorados e por incrível que pareça, sempre algo importante acontecia nesta data. Ou eu achava alguém interessante, ou terminava um namoro na véspera.

Conheci meu marido no mês de Junho, semanas após o dia dos namorados no Brasil. Comemorei com ele, via msn messenger, o primeiro dia dos namorados da gente nesta data brasileira.

Enfim, ontem foi a data americana. Saímos pela primeira vez com outro casal, a filha do Thomas (de 16 anos) e seu namorado, Jacob. Não era bem o que eu tinha planejado mas estava ok. Ao menos foi bem diferente. Perguntei a ele como se sentiu saindo com a filha e o namorado dela e ele disse apenas que achava bacana ver a filha crescida agora, quase adulta, coisa que ele ainda não conseguia enxergar muito bem. Entendi o que ele quis dizer, eu mesma a conheci com 12 anos e totalmente infantil. Agora está cheia de planos com esse Jacob, para o futuro. Veremos. Espero que ela seja feliz.

Na verdade, relacionamentos deveriam ser comemorados todos os dias, é tão importante demonstrar carinho, atenção. Mas já que existe data especial, seja aqui ou no Brasil, o mais importante mesmo é saber que se tem alguém ao lado. E se não temos ninguém ao lado, sempre é tempo para encontrar esse alguém especial que tanto ajuda a vida a ficar mais bonita!

Depois coloco as fotos de ontem. Boa semana pra todos!