Hoje, dia 21 de Outubro fez um ano que perdi papai.
Eu estava em Atlanta, passando o final de semana, havia chegado do Brasil poucos dias antes.
Recebemos o telefonema que eu tanto não queria no meio da madrugada.
Claro que não dormi mais.
Lembro de tudo com detalhes.
O fato é que eu sei que por algum motivo, que só Deus mesmo sabe, era o momento do meu pai partir.
Ele viveu abundantemente, 82 anos.
Eu sempre gostei de ter um pai muito mais velho e uma mãe muito mais nova, era algo diferente e todo mundo comentava.
Na minha infância, eu tive um pai super presente, do tipo que rolava no chão e que nos levava para tomar sorvete no final da tarde.
Na adolescência eu o perdi um pouco para outros interesses dele.
Retomamos nosso bom relacionamento já na velhice de meu pai.
Na verdade, não importa tanto, porque felizmente nós conseguimos restabelecer a sintonia, na hora certa. O que passou, passou, não guardei mágoas, nem ele.
Hoje está fazendo um ano e a dor ainda está aqui, marcante.
Ao mesmo tempo, continuo tendo paz.
Sendo feliz, por ter tido a chance de ter um pai que, apesar dos defeitos como todo mundo, também sabia ser o melhor pai do mundo. Foi muito bom tê-lo tido como pai.
Um privilégio meu e do Daniel, meu irmão.
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